Parte 3 - A popularidade do candomblé como protagonista da mesa do brasileiro

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Culinária e cultura afro-brasileira remontam às raízes da gastronomia

A cozinha afro-brasileira é a representação do legado cultural deixado pelo povo africano, suas adaptações e criações com base na fauna e flora nativa do continente americano pode revelar uma sutileza extraordinária quando a relacionamos com a extensão da cultura religiosa.

Sabe-se que os rituais de candomblé, crença religiosa da maioria dos negros cativos do período colonial, é a representação, mais condensada e ilustrada da cultura africana, dentro dos cerimoniais é freqüente a identificação de danças, musicas, mitos, objetos de arte e simbologia sacra, principalmente, a variedade de pratos e quitutes que frequentemente são servidos para apreciação dos orixás.

Os orixás são panteon africano, estes representados por elementos da natureza, porém os mitos que caracterizam esses deuses são permeados de lendas que alegoricamente deram corpo físico, personalidade, comportamento e vontade aos deuses africanos. A partir deste mito podemos conceber a estreita relação entre religião e comida no candomblé, pois nenhum deus pode ser reverenciado sem que lhe seja ofertado uma determinada comida, esta que pode variar de uma simples farofa de água até um suntuoso bobó-de-camarão, que deve ser servido dentro do maior asseio, qualidade de alimentos e requinte dos objetos que comportam as iguarias.

Dentro desta fartura da culinária religiosa africana, podemos enumerar dezenas que fazem parte desta mesa tradicional regional brasileira, como sarapatel, acarajé, paçoca, quibebe, vatapá, caruru, moqueca de peixe, angu de arroz, abará, acaçá, ambrosia, entre outras. Vale ressaltar que a culinária afro também é composta por muitos pratos doces.

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